O que é : Consubstancial – Termo usado no Credo Niceno para descre

O que é Consubstancial?

Consubstancial é um termo utilizado no Credo Niceno para descrever a relação entre Deus Pai e Deus Filho, afirmando que eles são da mesma substância divina. Essa palavra tem origem no latim “consubstantialis”, que significa “da mesma substância”. O conceito de consubstancialidade é fundamental para a teologia cristã e tem sido objeto de discussões e debates ao longo dos séculos.

A origem do termo Consubstancial

O termo consubstancial tem suas raízes no Concílio de Niceia, realizado no ano 325 d.C. Esse concílio foi convocado pelo imperador romano Constantino para resolver uma controvérsia teológica que estava dividindo a Igreja. Na época, havia uma disputa sobre a natureza de Jesus Cristo: se ele era totalmente divino, totalmente humano ou uma combinação das duas.

No Concílio de Niceia, os bispos reunidos chegaram a um consenso e formularam o Credo Niceno, que se tornou uma das principais declarações de fé do cristianismo. Nesse credo, foi estabelecido que Jesus Cristo é “gerado, não criado, consubstancial ao Pai”. Essa afirmação foi fundamental para afirmar a divindade de Jesus e sua igualdade com Deus Pai.

O significado de Consubstancial

O termo consubstancial é composto por duas partes: “con” e “substancial”. O prefixo “con” indica união, enquanto “substancial” se refere à essência ou natureza de algo. Portanto, consubstancial significa que duas ou mais entidades compartilham a mesma essência ou substância.

No contexto teológico, quando dizemos que Deus Pai e Deus Filho são consubstanciais, estamos afirmando que eles compartilham a mesma natureza divina. Isso implica que Jesus não é uma criação de Deus, mas sim uma parte intrínseca da divindade. Essa crença é central para o cristianismo e distingue-o de outras religiões que não reconhecem a divindade de Jesus.

A importância da consubstancialidade

A doutrina da consubstancialidade é fundamental para a teologia cristã, pois estabelece a relação entre Deus Pai e Deus Filho. Ela afirma que Jesus não é apenas um profeta ou um ser humano excepcional, mas sim o próprio Deus encarnado. Essa crença é essencial para a compreensão da salvação e da redenção oferecida por Jesus.

Ao afirmar que Jesus é consubstancial ao Pai, o cristianismo reconhece a igualdade e a unidade entre as pessoas da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Essa crença é expressa no Credo Niceno e é compartilhada por diversas denominações cristãs, como a Igreja Católica, a Igreja Ortodoxa e muitas denominações protestantes.

As controvérsias em torno da consubstancialidade

A doutrina da consubstancialidade não foi aceita sem questionamentos ao longo da história do cristianismo. Desde o Concílio de Niceia, houve debates e controvérsias sobre a natureza de Jesus Cristo e sua relação com Deus Pai.

Uma das principais controvérsias ocorreu no século IV, conhecida como a controvérsia ariana. Arius, um presbítero de Alexandria, defendia a ideia de que Jesus Cristo era uma criação de Deus Pai e, portanto, não era consubstancial a ele. Essa visão foi considerada herética pelo Concílio de Niceia e levou à formulação do Credo Niceno.

Outra controvérsia importante ocorreu no século V, conhecida como a controvérsia nestoriana. Nestório, patriarca de Constantinopla, defendia a ideia de que Jesus Cristo era uma união de duas naturezas distintas: uma humana e outra divina. Essa visão foi considerada herética pela Igreja e levou à formulação do Credo de Calcedônia, que reafirmou a consubstancialidade de Jesus.

A consubstancialidade na atualidade

A doutrina da consubstancialidade continua sendo uma parte central da teologia cristã até os dias de hoje. Ela é ensinada e defendida por diversas denominações cristãs e é considerada uma doutrina fundamental para a fé cristã.

Apesar das controvérsias e debates ao longo da história, a consubstancialidade permanece como uma afirmação da divindade de Jesus Cristo e de sua relação com Deus Pai. Ela é uma expressão da crença de que Jesus é o Filho de Deus, igual em substância e natureza ao Pai.

Conclusão

A consubstancialidade é um termo teológico que descreve a relação entre Deus Pai e Deus Filho, afirmando que eles são da mesma substância divina. Essa doutrina é fundamental para o cristianismo e tem sido objeto de debates e controvérsias ao longo dos séculos. Através do Credo Niceno, a consubstancialidade foi estabelecida como uma afirmação da divindade de Jesus Cristo e de sua igualdade com Deus Pai. Apesar das controvérsias, a doutrina da consubstancialidade continua sendo uma parte central da teologia cristã e é ensinada e defendida por diversas denominações cristãs.